O Retorno

Escrevi ouvindo: Jason Mraz – Life Is Wonderful.mp3

Repeat mode: ON

Tudo bem, não tem desculpa por ficar quase um ano sem postar no blog. No entanto, caro leitor, não conjeture que não houve Rota durante este período. Sim! Elas aconteceram e não foram poucas. Mas passamos por uma fase de recolhimento. Onde reavaliamos nossos ideais, ponderamos nossas ações e atitudes, com a intenção de simplesmente comer um dog… só isso. Sem o compromisso de postar; sem o peso de dar opinião sobre os serviços oferecidos por pessoas que tiram seu sustento de vender cachorro quente. Basicamente comer um dog por não estar com vontade de cozinhar; ou a pia estar cheia de louças; ou por ter ficado tarde demais para preparar algo; ou ainda por ter passado em frente a carrocinha e ter sentido o cheiro peculiar do tempero reduzindo durante horas naquela panelinha de inox…. é por isso que pessoas normais comem cachorro quente. Não é porque a Rota disse que é bom ou foi feita uma indicação no blog… queríamos isto, o retorno da naturalidade no ato de devorar um lanche (se é que ela existe).

Pensei muito sobre isso, passei a buscar novas receitas; marcas de produtos industrializados que não tenham um gosto que remeta a algo artificial e feito às toneladas por alguma empresa. Fizemos algumas Rotas nós mesmo, na casa um do outro. Com o nosso tempero, com calabresa, com 1, 2, 3 salsichas, o que viesse a mente. Me sinto bem por este período, hoje tenho uma nova perspectiva sobre dogs e não peço que concordem:

Como é possível que consigamos fazer, com poucos ingredientes, um cachorro quente gostoso em nossa casa e o cara que trabalha com isso não?

Como  é possível que este mesmo dog te faça sentir vontade de repetir e não de ir ao banheiro?

Como, Sr. leitor, é possível que alguns cachorros-quentes de festa de aniversário são infinitamente mais saborosos e menos letais que o da tia do carrinho?

É simples meus queridos, fazemos para nos agradar, para matar a nossa fome. Caprichamos em tudo…. buscando acertar sempre. A mãe que prepara o doguinho da festa do filho coloca carinho e paciência na receita.

É por isso que regressamos, porque um blog não deve abandonar seus leitores. Principalmente quando se trata de pessoas com fome. 😉 Agora é tarde! A Rota está na área e, confesso a vocês, com muita fome. Cachorreiros preparem-se o confronto, lavem suas mãos, coloquem o fogo pra funcionar, porque se o rango for ruim…. vai tomar salsichada. 😛

Espero que o que eu disser aqui hoje fique só entre nós. Farei revelações importantes sobre o bizarro mundo dos lanches em posto de gasolina e das lanchonetes itinerantes que freqüentam os muitos Moto encontros que acontecem todos os meses.

Iniciarei com um pequeno relato que começa com a entrega de brasões da Grã-Ordem.  Estávamos todos muito tempo sem nos ver e também sem ver a Diodéte, grande amiga ex-proprietária do barril de vinho que ficava em frente ao Hotel Cambirella no Estreito. Então marcamos para entregar os novos brasões na pastelaria do posto (antigo Cenoura) pastel bom, bem feito, gostoso… eu sei que isto não é um blog de pastéis, mas é a real. Muitos pediram pastel, mas a Lilian, o Cleber e eu, decidimos comer um dog. Então fomos ao Valdo…. (silêncio) como me arrependo desse meu vício por cachorro-quente, ele me obriga a comer cada coisa. Rsss

O esquema é o seguinte, o Valdo começou pequeno com muita força de vontade, bons preços e lanches simples em um traillerzinho onde era o estacionamento da Caixa do Estreito. O tempo foi passando e o cara cresceu, tem uma área grande no posto, com toldo e funcionários… o cara virou empresário. Mas não foi como o Sr. Osmar do “R”osário (http://www.cachorroquentedor.com.br/index1.php), que não deixou a peteca cair (só para o próprio filho). Eis o problema. O Valdo perdeu mais do que ganhou. Ganhou espaço e volume de vendas, mas perdeu em qualidade e atendimento. Tentarei, a contragosto, relembrar a sensação de comer um lanche do Valdo para descrevê-la:

(silêncio)

É isso mesmo… nada! Pensemos da seguinte perspectiva: você não comprou um dog tradicional por 5 pila, mas sim perdeu esta quantia. É um lanche com pouco sabor, com uma salsicha hiper cozida recheando um pão ressecado na chapa… é o que tenho pra falar. Não me obriguem a continuar…

Como conheço o lugar há muito tempo, pretendo dar mais uma chance a ele. Mas precisa melhorar muito do atendimento pouco profissional, ao preparo do lanche.

Por enquanto leva 1 salsicha

Vou aproveitar a mão e postar a experiência que tivemos neste último fim de semana. Fomos ao Encontro de Motos de Pomerode, fardados e animados, pois há muito não curtíamos um evento decente. O lance tava bom, muito show, bebida, música de ótima qualidade (tem gente que vai rir). Mas e o rango. Motoqueiro (pode me chamar do que quiser, não ligo) tbm sente fome.

Havia no lugar um trailler gigante que preparava o Tradicional Dog Itinerante De Moto Encontro. Sempre digo que dog’s assim têm uma vantagem: as chances de você revê-lo, em caso de ser um lanche ruim, são pequenas. Semana que vem ele está em outro lugar.

Eu e a Siba decidimos comer. O rango não é ruim. É montado todo na chapa morna, com o mínimo de manuseio do chapeiro; bem recheado, bons ingredientes. Por 6 dinheiros você mata a fome, mas não dá pra dizer que é o melhor que já comi. Falta molho e pelo tamanho deveria vir com 3 salsichas ou uma calabresa padrão assada.

3 salsichas

Jack

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